O dia 27 de setembro marca o Dia Nacional do Doador de Órgãos, uma data que busca conscientizar a população sobre a importância desse gesto capaz de salvar vidas. A doação de órgãos e tecidos é, acima de tudo, um ato de amor, que transforma a dor da perda em esperança para milhares de pessoas que aguardam por um transplante.
Em 2024, o Brasil bateu recorde histórico de transplantes realizados no Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 30 mil procedimentos, um crescimento de 18% em relação a 2022.
O país se destaca mundialmente quando o assunto é transplante, isso porque possui o maior sistema público de transplantes do mundo, responsável por cerca de 95% dos procedimentos realizados. Esse trabalho é coordenado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que garante acesso gratuito e igualitário para pacientes de todo o território nacional.
Atualmente, milhares de pessoas estão na fila de espera por um transplante no Brasil. A doação pode representar a chance de uma vida nova para quem convive diariamente com limitações e riscos. Uma única pessoa doadora pode salvar até oito vidas e beneficiar muitas outras com a doação de tecidos.
Como funciona a doação de órgãos no Brasil
Doação Pós-Morte: Para doar órgãos após a morte, o falecido deve ter tido morte encefálica diagnosticada ou ter morrido por parada cardíaca (o que permite a doação de tecidos).
Autorização Familiar: No Brasil, a doação de órgãos só é feita com o consentimento da família. Por isso, não basta querer ser doador: é fundamental comunicar essa decisão aos familiares, que serão consultados no momento oportuno.
Doação em Vida: É permitida a doação de órgãos como rim (órgão duplo) ou partes de órgãos como fígado e pâncreas.
Requisitos: O doador deve ter boa saúde, não ter problemas graves que afetem sua qualidade de vida e ser parente de até quarto grau ou cônjuge do receptor.
Exceção: A legislação permite a doação entre pessoas sem parentesco, mas precisa de autorização judicial para isso.
Como manifestar a sua vontade de ser doador?
Comunique-se com sua família: A forma mais direta e eficaz de garantir que sua vontade seja respeitada é conversar abertamente com seus familiares.
Use a AEDO: O aplicativo ou site da AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos) permite formalizar sua intenção de ser doador de forma digital, com validade oficial.
A doação pode ocorrer de duas formas
Doadores vivos: geralmente de rim, parte do fígado, medula óssea ou pulmão, desde que não comprometa a saúde do doador.
Doadores falecidos: quando há morte encefálica confirmada por exames clínicos e laboratoriais, podendo ser doados órgãos como coração, fígado, rins, pâncreas e pulmões, além de tecidos como córneas, ossos e pele.
Por que declarar-se doador?
Atualmente, milhares de pessoas estão na fila de espera por um transplante no Brasil. A doação pode representar a chance de uma vida nova para quem convive diariamente com limitações e riscos. Uma única pessoa doadora pode salvar até oito vidas e beneficiar muitas outras com a doação de tecidos.
A fila de espera para transplante de órgãos é única, unificada nacionalmente e gerida por um sistema informatizado do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), sob responsabilidade do Ministério da Saúde. A posição na fila não é por ordem de chegada, mas sim baseada em critérios técnicos como gravidade do caso, tipo sanguíneo, compatibilidade genética, antropométrica (peso e altura) e tempo de espera, que variam conforme o órgão. Quando um doador é identificado, a central estadual gera a lista de receptores compatíveis, priorizando os que se encaixam nos critérios.
Por mais que não pareça, abordar este tema ainda é um desafio, muitas vezes cercado de tabus e falta de informação. Entretanto, quanto mais pessoas se informarem, se declararem doadoras e conversarem com seus familiares, maior será a possibilidade de reduzir as filas de transplante e oferecer qualidade de vida a quem precisa.
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