O bairro de Moema, na zona sul de São Paulo, é conhecido por sua infraestrutura moderna, ruas arborizadas e comércio vibrante. No entanto, por trás de sua urbanização, há uma história que remonta aos tempos pré-coloniais, quando a região era habitada por povos indígenas. O Brasil tem 1,7 milhão de indígenas e mais da metade deles vive na Amazônia Legal, dia 09 de agosto é considerado o Dia Internacional dos Povos Indígenas e como nosso bairro carrega até hoje tais influências, hoje contaremos um pouco mais sobre essa história.
A presença indígena na região
Antes da chegada dos colonizadores portugueses, a área onde hoje se encontra Moema era habitada por povos indígenas, principalmente os Tupiniquins. Essas terras faziam parte de uma vasta rede de trilhas indígenas que cruzavam o território que se tornaria São Paulo .
A origem do nome "Moema"
O nome "Moema" é uma referência à personagem homônima do poema "Caramuru", escrito por Santa Rita Durão em 1781. No poema, Moema é uma índia tupinambá que se apaixona por Diogo Álvares, conhecido como Caramuru. O nome "Moema" deriva do tupi antigo "mo'ema", que significa "mentira" ou "falsidade", refletindo o amor não correspondido da personagem .
A urbanização e a homenagem aos povos indígenas
Na década de 1910, o engenheiro Fernando Arens Júnior adquiriu terras na região e iniciou o loteamento do bairro. Ele nomeou as ruas de Moema em homenagem tanto à fauna da Mata Atlântica quanto aos povos indígenas. Assim, o bairro foi dividido em duas áreas: "Moema Pássaros", com ruas nomeadas por aves, e "Moema Índios", com ruas que homenageiam tribos indígenas como Maracatins, Nhambiquaras e Jandira .
A preservação da memória indígena
Hoje, ao caminhar pelas ruas de Moema, é possível perceber a homenagem aos povos indígenas por meio dos nomes das ruas. Essa prática reflete um esforço de preservação da memória indígena em uma cidade marcada pela urbanização e pelo crescimento acelerado.
Embora a presença física dos povos indígenas tenha sido substituída pela urbanização, suas memórias e contribuições culturais permanecem vivas, lembrando-nos da rica história que precede a formação da metrópole paulistana.
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