Ao longo dos últimos dois anos o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) foi motivo de atenção e deixou muitos locadores apreensivos.
Desde 2020 o índice acumula uma alta recorde e fez disparar o valor dos reajustes nos contratos de aluguel, obrigando muitas pessoas a tentarem renegociar os preços.
Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,96% e acumulava alta de 23,14% em 12 meses. Já no ano passado, o acumulado entre janeiro e dezembro indicou alta de 17,78%.
De acordo com o a Fundação Getúlio Vargas (FGV), medidora do índice, essa desaceleração deve continuar ocorrendo ao longo da primeira metade de 2022, principalmente, no primeiro trimestre.
A expectativa é que até maio o IPG-M se aproxime muito do IPCA, como estava antes de os efeitos da pandemia afetarem os preços. O IPCA tende a ser menos volátil que o IGP-M e isso pode colaborar com reajustes mais baixos e estáveis.
Como funciona o reajuste de aluguel?
O reajuste de aluguel ocorre todo aniversário ou renovação do contrato de locação, ou seja, na data em que o contrato foi assinado e não o dia fixado para pagamento do aluguel. O reajuste está sempre indexado a um índice da inflação, como o IGP-M.
O que é o IGP-M?
O IGP-M é o índice mais utilizado neste tipo de cálculo, ele é formado pelo IPA-M (Índice de Preços por Atacado - Mercado), IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor - Mercado) e INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção - Mercado), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. A pesquisa de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual.
Estes indicadores medem itens como bens de consumo e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros). Entram os preços de legumes, frutas, bebidas, fumo, remédios, embalagens, aluguel, condomínio, transportes, educação, leitura, recreação, vestuário e despesas diversas, como: cartório, loteria, correio.
Comentários
Postar um comentário