Antes de traçar o novo perfil do consumidor 2020 pós-crise, vamos fazer um panorama do consumidor 2020 pré-crise. Todos os caminhos guiavam as gerações Y e Z para a praticidade e mobilidade. A evolução de serviços de recorrência (clubes por assinatura) como Spotfy e Netflix foi rápida. Avanços tecnológicos mudaram os hábitos de consumo e com isso os serviços pagos por mensalidade se tornaram mais frequentes, gerando a economia da recorrência.
Os serviços de recorrência mudaram
a forma com que as pessoas se relacionam com as compras. Quer dizer que: você
não precisa mais adquirir um produto, apenas paga para ter acesso recorrente,
por tempo determinado. É fácil relacionar este tipo de serviço ao aluguel de
imóveis. Pensando ainda no consumidor 2020 pré-crise, a opção de locação de
imóveis ao invés da compra, se tornou a escolha perfeita. Estamos falando de um
consumidor que quer agilidade nos processos e negociações, conforme contamos no
primeiro post do Blog (Os Impactos Da Pandemia no Mercado
Imobiliário). O que faz sentido para ele? Estar cada vez mais perto do
trabalho para se locomover no menor tempo possível, estar perto de centros de
lazer, arte e cultura e ter metrô por perto é imprescindível.
Vamos agora entrar no cenário
pós-crise e entender o que é possível prever. Já identificamos o perfil base do
consumidor de 2020. O que há de novo no período pós-crise? Será uma era com
funcionamento econômico diferente ao que estávamos nos acostumando. Segundo o
economista do Data Zap, Danilo Igliori, novas perspectivas de moradia se darão.
O mercado da MJ Imóveis está
principalmente no bairro de Moema, com público de classe média e classe alta. Que
tipo de localização o público economicamente ativo poderá preferir? Vale
lembrar que o processo que a população estava vivendo era de uma redescoberta
dos espaços públicos. O mercado imobiliário estava se direcionando para a
compactação e centralização dos imóveis para dar a oportunidade de convivência
pública. Porém uma vez que a vida social em espaços públicos está comprometida,
o que será valorizado é o local em que se poderá viver e conviver de fato. As
estatísticas mostram que uma boa fatia do mercado seguirá a tendência de ter um
espaço privado maior para estar com a família e amigos de forma mais
confortável e ter cômodos melhores para o isolamento social. Evitar
aglomerações em transportes é essencial, o que induz a população a morar mais
próxima ao trabalho para fazer o uso de meios de locomoção individuais ou então
fazer a escolha do home office, excluindo a necessidade do uso de
transportes públicos.
A região do Parque Ibirapuera é
uma área extremamente procurada para moradia. Estar perto do Parque é uma grande
vantagem para praticar exercícios entorno à natureza e para momentos de lazer.
O custo de locações de imóveis na região do Ibirapuera chega a ser 50% maior do
que nas ruas do bairro de Moema que estão a distâncias maiores deste grande
conhecido da cidade. Faz sentido continuar pagando uma moradia de alto custo
por ter comodidades como centros turísticos, metrô, parques e centros
empresariais por perto? A tendência é que imóveis maiores em regiões não tão
valorizadas pelo que há no entorno, sejam mais procurados e mais valorizados pelas
vantagens dos espaços internos. Varandas grandes serão cada vez mais exigidas
assim como casas com quintal. Meios de locomoção como metrô podem não serem mais
essenciais como eram antes.
O mundo sempre muda após uma
grande crise e o importante é estar preparado para vivenciar as novas
experiências que o mercado trará. Proprietários de imóveis, possíveis
compradores, locatários e corretores de imóveis terão um novo cenário para se
adaptar!
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